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<b>Autor: </b>Manoel Eloy de Melo Oliveira dos Santos - <b>Instituição: </b>Universidade Federal de Goiás

Estudo Econômico-Ecológico do Rio Araguaia, Região de Aruanã, pela Demanda Turística - 2006

Autor: Manoel Eloy de Melo Oliveira dos Santos

Instituição: Universidade Federal de Goiás

Nome do Curso: Ecologia e Evolução

Orientador: Adriana Rosa Carvalho

Banca Examinadora: Harlen Ignácio dos Santos

Biblioteca Depositária:

Resumo:

O Rio Araguaia se tornou um grande atrativo para o turismo ecológico na região de Goiás, devido as suas belezas naturais como as praias ao longo de suas margens durante o período de estiagem. O turismo exercido de forma desordenada pode gerar conseqüências negativas aos recursos naturais explorados por esse turismo, por isso conhecer o perfil do visitante e medir os seus conhecimentos acerca do ambiente visitado torna-se uma ferramenta importante na conservação do ecossistema (Rio Araguaia). O Rio Araguaia é um rio de planície e possui as suas margens inúmeras cidades, entre elas a cidade de Aruanã, que é considerada o portal de entrada do Vale do Araguaia. Cerca de 65% dos turistas que visitam a região de Aruanã são homens com idade média de 36 anos, casados com nível elevado de escolarização e provenientes em sua maioria do próprio estado. Os turistas permanecem cerca de 10 dias no Rio Araguaia perfazendo um gasto diário médio de US$ 61,7. O Rio Araguaia é o principal atrativo para 45,3% dos entrevistados e pescar é a atividade de lazer preferida por 24,2% desses visitantes. Apesar de o turismo estar muito ligado ao ecossistema (Rio Araguaia) as percepções ecológicas dos turistas acerca da formação fitogeográfica e ciclos ecológicos são baixas, além disso, cerca de 38% dos turistas acreditavam não utilizar nenhum recurso natural, o que pode comprometer a integridade dos recursos naturais devido a má utilização dos bens e serviços ambientais providos pelo Rio Araguaia, região de Aruanã. Estimar o valor econômico agregado pelo turismo em um ecossistema tornou-se um método muito utilizado para se estimular a preservação e manejo de áreas exploradas pelo turismo. Ao se atribuir valores monetários ao ecossistema são gerados subsídios que justificam programas de preservação, manejo e recuperação de áreas exploradas. O valor econômico da recreação no Rio Araguaia, região de Aruanã é estimado pelo método do custo de viagem que fornece o valor de uso do ambiente. O público usuário foram os turistas que foram entrevistados em julho de 2005. Os turistas são provenientes de 47 cidades, divididos em 6 zonas segundo sua distância até a cidade de Aruanã. Os turistas percorreram uma distância média de cerca de 320 km para se chegar até Aruanã, perfazendo um tempo médio de viagem de aproximadamente 6 horas com um custo médio de tempo de viagem de US$32. A taxa de visitação diminui com o aumento da distância devido ao acréscimo nas despesas com a viagem até o local. As zonas I e II conseqüentemente possuem a maior taxa de visitação devido às cidades estabelecidas para estas zonas possuírem as menores distâncias até Aruanã. O custo de viagem aumenta com a distância percorrida na viagem e a freqüência de visitas/ano, segundo a regressão linear múltipla. A regressão apresentou resíduos com aglomerados no ponto que representa os turistas que freqüentam apenas uma vez/ano e que percorrem a distância de 301,6 km (oriundos de Goiânia). O excedente do consumidor do turista que representa o benefício anual gerado ao visitante foi estimado em US$673.982,00 e o valor de recreação agregado ao Rio Araguaia, região de Aruanã foi considerado alto, devido ao valor encontrado de US$134.796.392.000,00 e deste total US$ 93.522.000,00 são gastos na região de Aruanã. Apesar disto, este valor de recreação é subestimado, pois representa apenas o valor de uso, não agregando o valor de não uso, e a estimativa do número de turistas considerada neste trabalho (200.000 turistas/ano) foi a mais baixa difundida pela mídia. Palavras - chave: Turismo, Araguaia, Análise Sócio-Econômica

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