Viajar é mais...
Autor: Andréa Havt Bindá
Instituição: Universidade de Brasília
Nome do Curso: Mestrado em Antropologia Social
Orientador: Prof. Dr. Gustavo Sérgio Lins Ribeiro
Banca Examinadora:
Biblioteca Depositária:
Resumo:
“Esta dissertação foi pensada como forma de rever a idéia que se vem desenvolvendo de viagem turística, tópico com o qual venho trabalhando desde 1990, quando estudei o caso da praia de Jericoacoara, Ceará (Bindá, 1990). O presente trabalho pretende um questionamento, um levantamento de algumas possibilidades que colocam elementos novos para a abordagem sobre o turismo. A tentativa se faz, portanto, no sentido de apresentar questões e alternativas que poderiam complexificar este conceito. Seria, assim, muito mais um projeto que sugere, como passo seguinte, o desenvolvimento de etnografias que o aprofundem; e que tenta lançar sobre o turismo um olhar mais amplo do que se vem apresentando nos trabalhos até então escritos. Desde já, enfatizo que mostrar uma amplitude maior do fenômeno turístico não implica a negação destes trabalhos que uso como ponto de partida para a construção de meus questionamentos. Ao contrario, essas abordagens, que consideram o turismo na sua relação com a expansão capitalista, detendo-se, portanto, no seu caráter de indústria, são fundamentais para explicá-lo. O que vou tentar colocar é que o aspecto industrial não explica o turismo completo, já que se define em um nível mais abrangente de análise, generalizando experiências que se vêm mostrando de formas diferenciadas. Apresentei, contudo, uma síntese das principais idéias surgidas nessas análises, não só porque elas são explicativas do turismo, que se dedicam ao seu aspecto industrial, que percebendo, principalmente nas etnografias, diferenças na forma de se fazer turismo e na própria posição do turista em relação a esta atividade. O que questiono, então, em relação a esses trabalhos é que, em nome desta ênfase nos aspectos mais gerais, no máximo, reconheceram essas diferenças, sem dar-lhes a devida atenção.”
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