Turismo e meio ambiente : a interface da comunidade com o ambiente na Ilha de Superagui - PR - 2005
Autor: Karla Jussara do Amaral
Instituição: Universidade Vale do Itajaí
Nome do Curso: Turismo e hotelaria
Orientador:
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Resumo:
A Ilha do Superagui localizada no litoral do estado do Paraná apresenta um potencial turístico indiscutível. Possui uma das maiores reservas de Mata Atlântica do pais, onde encontra-se uma fauna exótica, que, apesar de sua localização em uma área de acesso mais complicado, conta com algumas espécies ameaçadas de extinção. O trabalho em questão basearam-se nas concepções teóricas sobre a sustentabilidade em ambientes naturais, que relacionam as dimensões de atuação do homem no meio de forma coerente. Para isso, estudou-se o Sistema de Unidades de Conservação instituído no Brasil que, baseados em legislações, deterninam o uso de determinadas áreas a fim de protegê-las das ações do homem. A ilha de Superagüi é marcada por diversos acontecimentos históricos impactantes. Dentre eles, a transformação da área em Parque Nacional foi o último fato de destaque, que acarretou uma série de mudanças envolvendo não só os aspectos naturais, mas, especialmente, os sociais, representados pelos nativos que lá residem. Essas mudanças se apresentaram como adversas a população residente, que desde então teve que se adaptar às transformações impostas às suas práticas culturais consideradas predatórias, em prol da preservação do meio ambiente. Diante deste quadro, o turismo passa a ter um papel importantíssimo no desenvolvimento de ações capazes de oferecer a ems pessoas uma melhor condição de vida. Sendo assim este trabalho tem como objetivo analisar as atividades das populações locais da Ilha de Superagüi, com potencial para agregar o produto turístico local, partindo da identificação e mapearnento das áreas habitadas da Ilha de Superagüi, inventariando as atividades desenvolvidas pelas populações residentes, seguindo de uma análise dos processos históricos e culturais destas comunidades locais, apontando as dificuldades encontradas pelas mesmas neste ambiente declaradamente limitado, podendo-se finalizar uma compreensão, através de levantamentos bibliográficos e estudos no local, quais são as atividades capazes de agregar e valorizar o turismo da Ilha e de que forma ela poderia auxiliar na melhoria da qualidade de vida, se exploradas sustentavelmente. Sabe-se que a prática do turismo está largamente difundida no parque, mas que a ausência de um Plano de Manejo do local consolida uma situação de abandono e falta de controle das ações dos visitantes. Como metodologia, este estudo de caso tem urna ênfase no levantamento de dados por enquetes e entrevistas para observação da realidade, cuja análise terá enfoque quali/quantitativo. Como conclusões da pesquisa de campo e a análise dos dados coletados, estes apresentam aspectos importantes tais como a perda de alguns costumes regionais, apontados pela comunidade como o fandango, o fabrico da farinha de mandioca, as festas típicas e sua própria história que deram lugar a discussões sobre a qualidade de vida e adaptação das comunidades as legislações vigentes para Parques Nacionais. Espera-se que este trabalho possa contribuir para atentar tanto o órgão gestor como a população em geral, turistas entre outros interessados sobre uma provável intervenção nesta Unidade de Conservação, Por se tratar de um universo ilhéu, caracterizasse ainda mais a dificuldade de alocar estas comunidades em outro espaço "semelhante". Portanto, o trabalho tem como intuito provocar uma reflexão sobre quais seriam algumas medidas possíveis de serem implantadas para amenizar os problemas lá detectados, assim como promover o desenvolvimento de novos trabalhos e estudos com enfoque na questão do turismo, gestão ambientar e desenvolvimento sustentável.
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