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<b>Autor: </b>Rodrigo de Sousa Melo - <b>Instituição: </b>Universidade Federal da Paraíba/João Pessoa

Planejamento Turístico - Recreativo dos Ambientes Recifais das Praias do Seixas, Penha e Arraial (PB) - 2006

Autor: Rodrigo de Sousa Melo

Instituição: Universidade Federal da Paraíba/João Pessoa

Nome do Curso: Desenvolvimento e Meio Ambiente

Orientador: Maria Cristina Basílio Crispim da Silva

Banca Examinadora: Alberto Kioharu Nishida

Biblioteca Depositária:

Resumo:

Os ambientes recifais atraem, anualmente, m contingente de turistas e recreacionistas ávidos pelo divertimento e conhecimento da biodiversidade marinha, gerando um aporte financeiro significativo para as economias de locais com peculiaridades para o turismo e recreação. No entanto, a atividade turístico-recreativa em ambientes recifais reveste-se de um caráter destrutivo para a biodiversidade local quando desvinculado de um processo de planejamento, sobretudo quando não interrelaciona as dimensões sociais, econômicas e biológicas no transcorrer do planejamento. Os ambientes recifais das praias dos Seixas, Penha e Arraial (litoral sul da cidade de João Pessoa-PB) possuem um fluxo turístico-recreativo inferior ao de outros ambientes recifais da Paraíba. No entanto, já existe uma tímida promoção turística divulgando os recifes da área, sobretudo os da Penha. Assim, o objetivo desta dissertação foi o de apresentar uma proposta de planejamento do turismo e da recreação para os ambientes recifais das praias acima mencionadas, através do zoneamento e da avaliação da capacidade de carga recreativa. Num primeiro momento, o diagnóstico das áreas de estudo fez-se necessário, enfocando aspectos biológicos e sócio-econômicos, que geraram subsídios para a construção da proposta de zoneamento e para a determinação da capacidade de carga recreativa. Com respeito aos aspectos biológicos, foi realizada uma análise da distribuição da cnidofauna (com ênfase nos corais escleractíneos, zoantídeos e hidróides calcários) em áreas com e sem uso recreativo, através de registro visual, nos meses de outubro e novembro de 2005. Quanto aos aspectos sócio-econômicos, o modo de vida dos pescadores artesanais da Penha foi caracterizado, bem como suas percepções sobre diversos assuntos, como ambientes recifais, unidades de conservação, zonas de exclusão de pesca e o turismo, utilizando a entrevista estrutura como técnica de coleta de dados, nos meses de junho e julho de 2005. Foram identificadas cinco espécies de corais escleractínios (Siderastrea stellata, Mussismilia harttii, Montastrea cavernosa, Agaricia agaricites e Porites asteoides; quatro zoantídeos (Palythoa caribaeroum, Protopalythoa variabilis, Zoanthus sociatus, e Zoanthus nymphaeus); e um hidróide calcário (Millepora alcicornis). A maior biodiversidade foi observada na área sem uso recreativo. Os pescadores da Penha utilizam os ambientes recifais para o lazer e a pesca, e se mostraram receptivos ao turismo e a proposta de criação de uma unidade de conservação na área de estudo. Para o zoneamento foram definidos quatro tipos de zonas, com usos e padrões distintos, e uma zona de amortecimento na porção terrestre adjacente, pois os impactos indiretos provocados pela ação humana podem diminuir a saúde dos recifes. A capacidade de carga recreativa foi definida em 26 visitas/dia ou 4.680 anuais para o ambiente recifal da praia dos Seixas. Propõe-se aqui um planejamento flexível, ajustável e passível de ser modificado, ao longo do tempo, com o advento de dados referentes à biota local, aos parâmetros físico-químicos e ao aumento do fluxo turístico-recreativo. Palavras - chave: Turismo e Recreação , Zoneamento, Litoral

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