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<b>Autor: </b>Arnaldo Freitas de Oliveira Júnior - <b>Instituição: </b>Universidade Federal de São Carlos

Valoração Econômica dos Recursos Naturais Para o Planejamento Ambiental e Gestão do Turismo de Aventura Estudo de Caso: Brotas, SP - 2003

Autor: Arnaldo Freitas de Oliveira Júnior

Instituição: Universidade Federal de São Carlos

Nome do Curso: Ecologia e Recursos Naturais

Orientador: Felisberto Cavalheiro

Banca Examinadora: Carlos Henke de Oliveira; Elisabete Maria Zanin; Felisberto Cavalheiro; José Eduardo dos Santos e José Salatiel Rodrigues Pires

Biblioteca Depositária:

Resumo:

A região de Brotas, interior de São Paulo, está inserida em um contexto geográfico composto por Cuestas, vários mananciais e uma vegetação predominantemente de Cerrado e fragmentos de floresta semidecidual que propiciou a este município experimentar nos últimos dez anos uma nova alternativa econômica com base no turismo de aventura. Esta modalidade de turismo destaca-se pela prática de inúmeras atividades esportivas com caráter de transpor os vários desafios naturais impostos pelo meio ambiente, pelo lazer e entretenimento, mas principalmente, pelo fato de estar intimamente associado ao usufruto direto dos recursos naturais. Os recursos naturais existentes nesse município, notadamente, as cachoeiras distribuídas pelo município que possibilitam a prática de "canyoning" e banhos, os paredões para se fazer rapel e escalada, o relevo para o exercício de cavalgadas, caminhadas em trilhas com diversos níveis de dificuldade, "moutain bike", "motocross" que em associação com a vegetação compõem um cenário único para apreciar a visão cênica da paisagem e realização do arvorismo e da tiroleza, os córregos e rios em especial o rio Jacaré Pepira onde se realiza o "raffting", o "bóia-cross", "caiaque", natação, são a base de sustentação para a prática dos esportes de aventura. Estas atividades, denominadas por esportes "radicais", têm promovido diversas alterações na paisagem urbana e rural proporcionando um alento à economia local por meio da inserção de taxas de ingressos nos sítios turísticos, pelos investimentos nos setores de hospedagem e de alimentação, pela melhoria das infra-estruturas (tratamento e distribuição de água, ETE, coleta de lixo, instalação de energia elétrica, outros), pela instalação de várias agências de turismo, e consequentemente, pela oferta de oportunidades de emprego nos vários setores da economia. Por estas razões os recursos naturais têm se tornado centro de atenções tanto pelo usufruto, com fins econômicos, como para pesquisas científicas. Vários trabalhos de cunho científicos tem sido implantados como ; estudo da capacidade de carga nos sítios turísticos, conscientização e educação ambiental para população nativa e aos turistas, resgate da cultura local, análise de perfil do turista, índice de degradação ambiental, efeitos do turismo sobre a população nativa, qual atrativo natural é mais visitado, qual esporte é mais praticado, estudos de expansão urbana, todos no sentido de realçar o valor do meio ambiente pois entende-se que estas são o agente propulsor para o desenvolvimento do município. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo estimar o valor dos benefícios sócio-econômicos derivados dos recursos naturais tendo-se como metodologia para obtenção desta valoração ambiental o Valor Econômico Total (VET), por meio do protocolo de avaliação de uso direto dos recursos naturais existentes no município de Brotas. Os resultados obtidos demonstraram que a valoração ambiental é um instrumento que deve ser largamente utilizado como parâmetro na elaboração de um planejamento ambiental e permitiu estimar os diversos benefícios sócio-econômicos gerados pelas atividades do turismo de aventura assim como mensurar a geração de rendas, lucros e empregos diretos e indiretos. O turismo de aventura, em Brotas, é um agente promotor para o desenvolvimento do município ao mesmo tempo em que se torna um elemento para conservar as características ambientais que servem de aporte para a prática desses esportes "radicais", realçando o valor dos seus benefícios sócio-econômicos. Frente a este fato, os gestores devem procurar um elo conciliador de fomento entre as atividades de turismo de aventura e a conservação ambiental de tal maneira que aquele seja o financiador de programas para conservação do patrimônio ambiental. Atualmente as atividades econômicas associadas ao turismo de aventura encontram-se em fase de desenvolvimento sócio-econômico que antecede ao seu ponto clímax de usufruto, ou seja, está próximo ao período de estabilização das atividades inerentes. Por esta razão é premente a elaboração de um planejamento ambiental com o propósito de se obter o desenvolvimento sustentável de Brotas. Palavras - chave: Recursos Naturais, Planejamento Ambiental, Turismo

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